Quando criança, brincava que seria “costureira de gente” – sempre tive o cuidado no coração.

Mas durante a faculdade de medicina, vivenciei um período com a minha avó: Ela teve uma cegueira súbita por uma doença orbitária desencadeada pela tireoidopatia de Graves. Uma mulher forte e independente, mas de forma repentina e inesperada ficou incapaz de realizar atividades comuns do dia a dia.

Após 3 cirurgias, a vida dela mudou completamente. Não só a visão foi recuperada, como pude ver a transformação da vida como um todo: Enxergar bem muda a forma como você se enxerga.

Naquele momento entendi que não cuidamos apenas dos olhos. Cuidamos de vidas, de independência, de dignidade.